Trabalhos de Jornalismo


TRABALHOS ACADÊMICOS


1º TEXTO:  INTERNET: VENENO E  REMÉDIO


        As redes globais conectam e desconectam indivíduos, grupos, regiões e até países. A nossa sociedade esta cada vez mais estruturada em uma oposição bipolar entre a rede e o ser. Por mas que o individuo aceite todo esse universo abstrato com costumes, princípios diferentes ele se opõe bipolar por não largar as suas raízes. Os meios digitais surgiram como infra-estrutura do desenvolvimento, criando um novo espaço de comunicação, sociabilidade, interação, de organização e transação mais também é um novo mercado de informação e conhecimento. O crescimento acelerado do ciberespaço não determina automaticamente o desenvolvimento da inteligência coletiva apenas fornece a ela um ambiente propicio.
               A inteligência coletiva favorece a cibercultura mas é um veneno para aqueles que dela não participam, pois tende a excluir de maneira radical o individuo, a exclusão digital. Ao mesmo tempo, pode ser um remédio para aqueles que mergulham em seus turbilhões e conseguem controlar a própria deriva no meio de suas correntes. O ritmo acelerado da alteração tecno social torna necessária a participação ativa na cibercultura. Os aspectos participativo, socializante, descompartimentalizante, emancipador, da inteligência coletiva proposta pela cybercultura constitui os melhores remédios para o ritmo desestabilizante, por vezes excludente, da mutação técnica.
O isolamento, a sobre carga diante da tela, a dependência que se torna um vicio, dominação, quando controla as pessoas através da rede, como exemplo o Home Office, exploração no caso tele trabalho vigiado e ou bobagem coletiva faz parte do veneno. Um veneno, quando tentamos adquirir um grande volume de conhecimento e não conseguimos absorver tudo, por causa da quantidade exagerada de informação, ninguém consegue participar completamente dela.
Pela primeira vez na historia a mente humana é uma força direta de produção não apenas um elemento decisivo no sistema produtivo.  A interatividade, a principal diferença da internet entre os outros meios de comunicação faz com que o usuário interaja com a própria mídia, ainda com as ferramentas que estão disponíveis na rede, o usuário pode ser tornar o próprio editor.
               O mundo mudou e uma nova geração está crescendo neste novo mundo. É internet, celular, VoIP, Wii, ipod, câmeras digitais, é a explosão da web 2.0 com conteúdo em qualquer lugar e a qualquer momento. “A geração C” (a geração do conteúdo, da colaboração e que esta conectada) não consegue imaginar um mundo sem computador, internet e aparelhos de alta tecnologia. Hoje com as comunidades virtuais qualquer formiga tem voz ativa (um megafone), usamos a internet como meio de expressar nossas opiniões e vontades.
                     O desenvolvimento de tecnologias cresce de maneira veloz e infinita porque na medida que o autor disponibiliza a informação na rede, ela se torna publica, os receptores a possuem, a redefinem, assim colaborando com maior compartilhamento do conhecimento e o enriquecimento da inteligência coletiva Ex: Site Wikipedia maior enciclopédia virtual criada de forma colaborativa. 
FONTE: textos do autor Pierre Levy


TEXTO 2: Resenha do Livro Hiroshima


                                                         Autor: John Hersey


                   O livro de John Hersey retrata o dia exato da explosão da bomba atômica, em Hiroshima, através do relato minucioso de seis sobreviventes, Srta. Toshiko Sasaki, Sra Hatsuyo Nakamura, Dr. Terufumi Sasaki, Dr. Masakazu Fujii, Padre Wilhelm Kleinsorge e o Reverendo Kiyoshi Tanimoto. A reportagem mais importante do século XX virou um livro exemplar do Jornalismo Literário.
                   Srta. Toshiko Sasaki, apesar de seu sobrenome ser o mesmo que o do médico Sasaki,  não são parentes, apenas uma coincidência. No momento da explosão estava trabalhando e foi atingida pela estante lotada de livros ,que se localizava em cima de sua cabeça, fraturou a perna, ficou três dias sem comer, sem se meche e impossibilitada de sair sozinha, estava presa. Depois de ser resgatada o sofrimento não acabou pois foi submetida a varias viagens, passou por vários hospitais até ser atendida pelo Dr. Terufumi Sasaki, no hospital da Cruz Vermelha. Sempre recebia visita do padre Kleinsorge difundia a sua fé cristã. Srta. Sasaki quando recebeu alta do hospital, estava aleijada e seu noivo havia a deixado, mas descobriu um dom, seguiu os conselhos do padre, se tornou freira e recebeu diversas honrarias.
                   Hatsuyo Nakamura, viúva , costureira, seu maior bem era sua maquina de costura lutou muito para sustentar seus filhos durante os anos do pós-guerra. Foi talvez a que levou a vida de forma mais feliz entre os seis, chegando a dançar no Grupo de Estudo da música Folclórica Japonesa, já mais à vontade com o seu corpo, superando todas as dificuldades. No quadragésimo aniversário da bomba dançou com mais 360 mulheres, batendo palmas ritmicamente. Seus três  filhos foram bem sucedidos apesar da miséria presente ao longo das suas vidas, Toshio assumiu a responsabilidade de sustentar Sra Nakamura, assim que conseguiu trabalhar começou a contribuir e deu de presente uma maquina de costura nova.
                   Dr. Terufumi Sasaki sobreviveu ao dia da bomba sem nenhum arranhão, um dos pouco médicos  disponível em Hiroshima com mais de 100 mil vitimas necessitando de cuidados. Dos 150 médicos existentes em Hiroshima, 65 estavam mortos e os restantes se encontravam, na maioria feridos. O jovem cirurgião, trabalhava no hospital da Cruz Vermelha e voluntariamente atendia doentes no hospital de Mukaihara à noite, depois de um longo expediente. Muito tempo depois Sasaki pensou ter morrido após uma intervenção cirúrgica,, o fato o fez mudar de hábitos e valorizar mais a vida.
O Dr. Masakazu Fujii, médico, era dono de um imponente hospital de estilo japonês, uma construção erguida sob o rio Kyo que afundou em suas águas às oito e quinze do dia seis de agosto de 1945. Dr. Fuji ficou preso nas vigas do seu hospital como se fosse comida entre o hachi, quando conseguiu se libertar se refugiou para tratamento, mas para o seu azar mas uma vez o rio inundou a casa. Dr. Fujii deu a volta por cima e construiu um novo hospital.
Wilhelm Kleinsorge, jesuíta alemão, era o único estrangeiro descrito no livro e apesar de sofrer duramente com os efeitos da exposição à radiação se dedicou a sua Igreja e a ajudar os outros. Seus machucados demorou anos para cicatrizar mas isso não o impedia de disseminar a sua fé para os seus fies que visitava regularmente. Depois de muita luta se tornou cidadão japonês e passou a se chamar: padre Makoto Takura.
O reverendo Kioshi Tanimoto, ajudava vizinhos a transferirem suas coisas no momento que o avião Enola Gay cruzou o céu japonês e deixou milhões de hibakusha, ele sofreu pouco com os efeitos da bomba e viajou pelos Estados Unidos levantando dinheiro para promover a paz e a reconstrução da vida dos atingidos.
                 No livro o autor aborda também a questão dos hibakushas, as pessoas atingidas pela bomba atômica ou pela radiação , os japoneses não queriam usar o termo sobrevivente, pois estar vivo poderia sugerir desrespeito para com os mortos sagrados. O preconceito e sofrimento físico estiveram associados aos efeitos da fissão nuclear que eles sofreram: fraqueza, hemorragia interna, câncer, degeneração celular e infertilidade tanto em homens como em mulheres.
 Durante anos, os hibakusha sofreram preconceito dos Empregadores que não contratavam pela debilitação física, a negligencia das autoridades que demorou até cobri as despesas medicas das doenças decorrentes da bomba atômica
O livro registrou o que estas seis pessoas estavam fazendo quando a bomba explodiu, as suas reações ao ver a destruição generalizada, como cada um deles escapou a conflagração que tinha materializado em toda a cidade e do trauma físico e mental que estes seis tinham para percorrer e ainda percorrer, como resultado de serem expostos a radiação grave causada pelo bomba- A.
                   A reportagem de John Hersey e os seus colaboradores editoriais: Harold Ross William Shawn vendeu muitos exemplares e teve grande repercussão na historia do jornalismo. Logo surgiu um novo estilo de jornalismo o Jornalismo Literário ou o Novo Jornalismo. Os acontecimentos ganharam uma nova amplitude depois da publicação de Hersey  permitiu que o mundo se concientiza-se do poder de destruição das armas nucleares que destroem na hora e durante gerações.
A bomba atômica matou milhares de pessoas na cidade japonesa de Hiroshima, em agosto de 1945. Um ano depois John Hersey publicou na revista The New Yorker  a mais importante reportagem do século XX, que dedicou todo o espaço editorial da revista para informar diretamente aos americanos o que havia ocorrido em Hiroshima, retratando a vida de seis sobreviventes após a explosão da primeira bomba atômica  e quarenta anos depois.
A história é relatada direto das ruas de Hiroshima o que permite uma visão do núcleo dos acontecimentos. O grande diferencial do livro é o relato pelo sofrimento calado e relisente daquelas pessoas que apesar de esperar o pior, nunca conseguiriam explicar os efeitos destrutivos que eles viveram.














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